Em 2030 Cabo Verde pode se dar conta que o sistema de Providência Social estará com graves dificuldades para equilibrar os gastos em relação às entradas. Com o aumento da qualidade e esperança de vida dos idosos mais pessoas estarão a usufruir deste serviço e haverá uma maior pressão económica e fiscal sobre o sistema. Entretanto, as taxas de desemprego apresentadas na camada juvenil implicam que milhares não estão a descontar e isto obrigará o Estado a suportar uma população que termina a fase activa sem dinheiro para a velhice. Por isso considero que são necessárias reformas, mesmo que impopulares. A Saúde parece estar a implementar planos com visão tecnológica, mas males como o cancro e doenças não transmissíveis mostram uma tendência perigosa de crescimento sobre a população.
O país irá se dar conta que o centralismo trouxe um problema para Praia: a incapacidade da capital oferecer conforto, segurança e qualidade de vida à sua superpopulação atraída pelos benefícios de estar perto do centro do poder. Aquilo que antes era entendido como uma verdade inquestionável (implementar tudo o que fosse possível na Praia) irá se revelar um problema para o próprio município. Quando se iniciar a descentralização vamos nos dar conta que os quadros já estabelecidos em Santiago serão os primeiros a se oporem ao regresso às suas ilhas menos desenvolvidas. É necessário descentralizar (mas não regionalizar) e aproveitar as novas tecnologias e com isso se criar uma intranet nacional.
Na eterna batalha entre o equilíbrio da busca pela liberdade e a necessidade de segurança, os cabo-verdianos aceitarão abrir mão de certas liberdades para se sentirem mais seguros. As forças de repreensão do Estado ganharão mais poder para agir, principalmente, sobre o tecido urbano periférico que estará numa luta, não de classes, mas de zonas. O tecto máximo das penas aplicadas será maior que 25 anos e haverá, pelo menos, mais uma prisão de grande porte. O país terá desmantelado a força de Infantaria do Exército e relocado o orçamento para a Marinha e Aeronáutica para prestarem um melhor serviço no patrulhamento das águas territoriais e missões de salvamento. O ponto quatro do artigo 11º da Constituição da República terá caído e a primeira base militar estrangeira será instalada no nosso território.
Cabo Verde sentirá as consequências da pesca predatória do tubarão e dos acordos de pescas e seus efeitos sobre o ecossistema marinho. Com os investimentos em barragens, agro-pecuária e energias renováveis o país conseguirá fornecer a maioria das necessidades básicas do mercado interno.
A Juventude mostrará cada vez mais distanciamento da política e os níveis de abstenção que estão a subir irão acompanhar a tendência actual. Na Cultura teremos estabelecido a protecção do direito de autor e com isso a arte se tornará rentável para mais criadores.
Por fim, já seremos campeões do Campeonato Africano das Nações e com boas prestações na Copa do Mundo mas o crioulo continuará com dificuldades em demonstrar patriotismo por falta de um plano de valorização do que é nosso.
Entretanto, este exercício de fazer um apanhado de várias áreas é feito sempre tendo em mente que as influências exteriores têm um peso enorme sobre Cabo Verde. O certo é que vale a pena acreditar e fazer bem a nossa parte.
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